Homens ainda ganham mais do que as mulheres
A igualdade entre homens e mulheres ainda é uma ilusão, especialmente no mercado de trabalho. Segundo uma pesquisa realizada pela Confederação Internacional dos Sindicatos (ICFU) com 300 mil mulheres de 24 países, o Brasil é o país onde há maior diferença entre os salários de homens e mulheres. O estudo de 2009 aponta que em nosso país a a variação entre a remuneração dos gêneros é de 34%. Outros países em que também há grande diferença são: Africa do Sul (33%), México (29,8%) e na Argentina (26,1%). Enquanto as menores disparidades foram encontradas na Suécia (11%), Dinamarca (10,1%), Reino Unido (9%) e Índia (6,3%).
De acordo com levantamento de 2010 do Ministério do Trabalho e Emprego , quanto maior o grau de instrução que um cargo requer, maior é a diferença salarial entre homens e mulheres. Em média, os homens analfabetos recebem R$ 615,49, enquanto as mulheres com a mesma escolaridade ganham R$ 565,51, uma diferença de R$ 49,98. Homens com ensino superior ganham , em média, R$ 2.709,82 e as mulheres também graduadas tem como remuneração R$ 1.659,05, ou seja, uma diferença de R$ 1.050,77.
O ministro do Trabalho, na época da divulgação do estudo, Carlos Lupi, ressaltou que a desvalorização do trabalho feminino é especialmente absurda quando considerarmos que há mais mulheres com ensino superior completo e incompleto no mercado de trabalho do que homens.
Outros problemas enfrentados pelas mulheres no mercado de trabalho são a falta de apoio para a constituição de uma família, preconceito e assédio sexual.
